segunda-feira, 21 de março de 2011

podes fechar as janelas e trancar as portas,
tapar as cortinas e esconder-te debaixo das mantas.
quebra as garrafas de vinho e deixa os vidros por baixo da chaminé,
tapa todas as entradas possíveis.
coloca a mobília nas escadas,
inventa um sistema de alarme que te fará saber da minha presença...
porque por mais que tentes, conseguirei entrar.

a tua casa precisa de calor,
a tua vida precisa de ser agitada (antes de abrir),
por mais que esperneies e guardes a arma debaixo do colchão,
enquanto continuares a pensar em mim, continuarei a aparecer aí.

não faz sentido continuarmos nisto,
não faz sentido continuarmos a escrever,
não faz sentido continuarmos a ter medo um do outro.
não faz sentido fugirmos, está dito e feito, estou eu já desfeito.

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