sábado, 17 de julho de 2010

Restos.

Invadiste tudo.
Desde o primeiro momento.
Bastou ver-te para que te desejasse,
e tu entraste sem pedir licença,
com uma simples conversa de miúdos.
E permaneces.
Continuas a aparecer por aqui sem avisar,
nunca fechaste a porta ao sair
e era só o que queria.
Porque assim,
vem a corrente de ar que abala as memórias
e abacalha os sentimentos,
que afinal,
sempre foram só meus.

São restos,
que quero despojar ao cão.
Fecha a porta e leva a chave.
Eu dou a volta e saio por trás.

Quando voltares, não estarei.

3 comentários:

  1. li os outros dois pa trás...
    és uma pessoa indecisa: por um lado tás revoltado mas por outro não queres aceitar a derrota.
    reconhece e segue pa frente
    o desprezo é pior que as palavras cruas

    abc

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  2. dos três que postaste hoje, esta é sem duvida o mais bonito. não que os outros não estejam bons, mas gostei mais deste.

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  3. ainda escrevi mais dois.
    ontem há noite estava a ouvir música e bué inspirado, então escrevi no telemóvel e hoje copiei para aqui.

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