Preciso de falar. É isso. Ciúmes e raiva perseguem me, materializados em alguém em quem confiava, mas que afinal, não passa de mais uma desilusão na minha vida. Cenas passadas atormentam o meu pensamento pois, quem me dera, mas não existe, maneira de apagar o passado. Não há comprimidos que tirem memórias indesajadas, mas quem me dera possuir um flash à Kay (Tommy Lee Jones em MIB) para poder apagar certas memórias.. Tenho a alma pesada, de tantos segredos guardados, sinto que se não espalhar o que sei, irei rebentar um dia, preciso de aliviar a consciência. Obviamente, quando me procuram para falar, sinto me útil e fico contente por ajudar, mas as coisas acumulam se na minha cabeça, e pergunto me como os psicólogos não têem aneurismas ou esgotamentos cerebrais ao ouvir tantas histórias, cada dia recebem desabafos, larguados como bombas, para aliviar a consciência de quem precisa. Talvez a eles, psicologos, que estão treinados e não se envolvem inteiramente nos assuntos dos pacientes, ao momento em que saiem do escritório, tudo aquilo que fora falado num dia inteiro, é deixado para trás e agarrado no dia seguinte, sem interferir na sua vida pessoal.. Já eu, que sou uma pessoa normal, num meio considerado normal, ouço os desabafos de pessoas intimamente ligados a mim, o que me faz preocupar com tudo, e me torna menos lúcido comigo mesmo, torna me vulnerável, até que um dia a minha alma se apague e leve com ela todas as palavras, frases ditas e ouvidas, mas que descansam em mim. Não posso deixar isto acontecer, preciso de falar, de desabafar, com alguém que mereça ouvir, e que me faça sentir a vontade, com ela e comigo mesmo.
Preciso, M.
And Death in My Arms - All that Remains
É o que eu também preciso, por isso mesmo é que eu escrevo mais doque falo, pra não enlouquecer e não me enterrar dentro das minhas melancolias...
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